terça-feira, 20 de agosto de 2019

Vender é obrigação!

 A torcida do Botafogo anda (ainda mais) irritada com a diretoria do clube nessa semana. Não só pelos motivos normais e já conhecidos, mas também e principalmente, pelo grande "saldão" que vem sendo promovido pela diretoria do Botafogo nos últimos meses, com atletas da base do clube. A última venda realizada pelo clube, a do lateral-esquerdo Jonathan, gerou mais uma enxurrada de críticas, principalmente por ser mais uma promessa saindo cedo e pelo valor de sua venda.

 Qualquer ação feita por essa péssima diretoria, pode, e deve ser contestada, mas, ela tem agido corretamente com relação as últimas vendas de atletas. Pode-se discutir se os valores foram justos ou não, mas o momento que o clube Botafogo passa, pede essas vendas. As finanças prá lá de asfixiadas do clube, ganham um leve respiro a cada uma dessas vendas. Vender jogadores é a unica saída quando se tem uma diretoria incompetente que não consegue um patrocinador master que proporcione uma renda maior aos cofres do clube. O Botafogo só tem conseguido se manter (aos trancos e barrancos) em 2019, graças principalmente, as vendas de Matheus Fernandes e Igor Rabello no início dessa temporada. Se não fossem essas duas vendas, provavelmente já estaríamos em um caos parecido com o de 2014 (para quem não lembra, em 2014, o Botafogo tinha Jefferson e um elenco de medalhões e jogadores da base, assim como nesse ano. Quando os salários começaram a atrasar, os medalhões entraram na justiça contra o clube no meio da temporada, conseguindo suas rescisões contratuais e os mais jovens não conseguiram salvar o Botafogo do rebaixamento).
 
 O que pode se questionar dessas vendas, são alguns valores. Eu, questiono principalmente os valores das vendas do zagueiro Glaúber, que foi vendido por R$2,5 milhões de reais, e do meia Matheus Fernandes, que foi vendido por R$15 milhões de reais. Outros, como o atacante Leandro Carvalho, o zagueiro Igor Rabello, e agora o lateral Jonathan, tiveram valores de venda bem razoáveis e aceitaveis.

 Por mais que nós, torcedores achemos que a base do clube precise ser valorizada, sendo essa valorização por vendas mais caras ou mantendo o jogador no elenco, temos também que ser realistas quanto à qualidade e ao valor real de alguns jogadores revelados pelo Botafogo. O próprio Jonathan, vinha na reserva do sofrível Gilson e tinha sua qualidade questionada por parte da torcida do Botafogo. Em alguns casos, é melhor vender o jogador e ter algum lucro, do que tentar valorizar mais o jogador e perder a chance de vendê-lo. Dentro do próprio Botafogo, temos Leandrinho, Gegê e Luis Henrique como exemplos recentes de que nem sempre um jovem vai se tornar o que dele se espera e consequentemente, valorizar-se.

 Fato é, que o Botafogo desde o começo dessa temporada está com o "pires na mão". Qualquer que seja a oferta (desde que seja razoavelmente aceitável) por qualquer jogador que seja, o clube tem que aceitar. Isso, será fundamental para terminarmos 2019 na 1º divisão e entregar o futebol do Botafogo aos próximos gestores em uma situação menos complicada. A partir daí, são outros quinhentos...