terça-feira, 17 de setembro de 2019

Leo Valencia titular: Sim ou não?

 O ataque do Botafogo é sofrível, isso é fato! O setor ofensivo alvinegro figura entre os piores em todas as estatísticas no Brasileirão. Com a falta de efetividade do ataque alvinegro, boa parte da torcida do Botafogo volta a pedir um nome que volta e meia volta aos pensamentos do torcedor, o do meia Leo Valencia.

 Desde que chegou ao Botafogo em meados de 2017, Valencia já foi: esperança de mais qualidade no time, solução do meio-campo, problema, desilusão, um peso no elenco, solução por não haver outra solução, um a menos em campo, lampejos de bom futebol, irritação para a torcida, e por aí vai. Agora, o jogador novamente aparece no imaginário do torcedor alvinegro, como solução para a falta de criação de jogadas do time do Botafogo no setor ofensivo. Mas, e aí, vale a pena tentar (novamente) colocar Leo Valencia no time titular? A resposta, é sim! Só é preciso ir com calma com as expectativas.

 Dada a falta de opções e de qualidade na criação de jogadas, Valencia cai como uma luva nesse time do Botafogo, que tem jogado num 4-3-3, com 3 volantes no setor de meio-campo. A armação de jogadas do glorioso, ou fica com os volantes, ou fica com os atacantes. Em ambos os casos, a criação de jogadas de ataque não é efetiva, nem criativa. Um jogador que é do setor de criação pode fazer o ataque ser muito mais efetivo e Leo Valencia tem qualidade para ser esse jogador. O grande problema é que Valencia já foi esperança de melhora, e pouco rendeu. A verdade é que até hoje, o jogador não rendeu nem metade do que pode render, e aí fica dúvida: o Leo Valencia que entraria no time titular seria melhor do que já foi até hoje? Não dá pra ele viver de lampejos como tem sido desde que chegou ao clube. O time precisa muito que as atuações sejam regulares, e isso ninguém pode afirmar que ele entregará em campo.

 Melhor do que improvisar Alex Santana, Gustavo Bochecha ou João Paulo na criação de jogadas do ataque, com certeza seria colocar Leo Valencia como titular. Mas as expectativas da torcida tem que estar na medida certa, pois o jogador tem seus (muitos) altos e baixos, as vezes muito mais baixos do que altos. Portanto, Valência deve sim ser titular visando um segundo turno melhor do ataque alvinegro, mas a torcida tem que esperar dele o que realmente ele pode render. Até que o jogador prove em campo o contrário, expectativas exageradas vão criar decepções novamente.


domingo, 1 de setembro de 2019

Até onde vai a responsabilidade de Barroca?

 O Botafogo não joga bem. Isso é fato consumado. Se antes as atuações oscilantes, ou ruins poderiam ser consideradas como momentâneas, agora podemos afirmar que é fato consumado. Constatado esse fato, o que vemos por parte da torcida é uma enxurrada de críticas ao técnico Eduardo Barroca. Realmente, Barroca tem sua parte de culpa pelas atuações ruins do Botafogo, mas ele é o principal culpado por isso?

 A principal culpa de Barroca, é relacionada a falta de padrão tático do time. Até o pouco padrão de jogo que o time tinha, nos últimos jogos se perdeu, mas falta muito mais quando o assunto é a questão tática. Na maior parte dos jogos, jogadores do meio-campo e do ataque ficam completamente sem função tática principalmente no ataque. Na maioria das vezes, a única função tática dos jogadores desses setores, é defensiva. A tática ofensiva na maioria das vezes dá a impressão de ser a tática do "vamos pro ataque como der". O ataque nem pressiona a defesa rival, nem consegue jogar em contra-ataques. O meio-campo também fica sem muita função em campo. Alguns jogadores as vezes passam despercebidos pelas partidas. Não há uma jogada ensaiada, uma jogada trabalhada. Isso, é de responsabilidade de Eduardo Barroca.

 O que não é culpa de Barroca, é o fato de ele não ter recebido nenhum reforço que seja ao menos razoável para tentar melhorar a qualidade de jogo da equipe. Isso, é culpa da diretoria do Botafogo, que a cada dia que passa mostra mais e mais estar entre as piores da história do Botafogo. Barroca não demonstra ser um técnico capaz de fazer um time ruim ser melhor. Ele no máximo conseguiria fazer um time bom ser bom e não pior do que pode ser. Em resumo: é um técnico que precisa de um elenco bom e a diretoria do Botafogo não é minimamente capaz de proporcionar isso a ele. Até onde se pode cobrar de um técnico inexperiente que tem como grandes reforços para o elenco, jogadores como Biro-Biro e Victor Rangel?

 Nessa Balança onde ninguém é isento de culpa, pesa mais o peso da incompetência da diretoria do Botafogo, que não é capaz de formar um elenco razoável para o técnico Eduardo Barroca. Quanto ao técnico, ao menos tentar formas diferentes do time jogar não seria ruim. De qualquer forma, o Botafogo parece estar sem ter pra onde correr.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Vender é obrigação!

 A torcida do Botafogo anda (ainda mais) irritada com a diretoria do clube nessa semana. Não só pelos motivos normais e já conhecidos, mas também e principalmente, pelo grande "saldão" que vem sendo promovido pela diretoria do Botafogo nos últimos meses, com atletas da base do clube. A última venda realizada pelo clube, a do lateral-esquerdo Jonathan, gerou mais uma enxurrada de críticas, principalmente por ser mais uma promessa saindo cedo e pelo valor de sua venda.

 Qualquer ação feita por essa péssima diretoria, pode, e deve ser contestada, mas, ela tem agido corretamente com relação as últimas vendas de atletas. Pode-se discutir se os valores foram justos ou não, mas o momento que o clube Botafogo passa, pede essas vendas. As finanças prá lá de asfixiadas do clube, ganham um leve respiro a cada uma dessas vendas. Vender jogadores é a unica saída quando se tem uma diretoria incompetente que não consegue um patrocinador master que proporcione uma renda maior aos cofres do clube. O Botafogo só tem conseguido se manter (aos trancos e barrancos) em 2019, graças principalmente, as vendas de Matheus Fernandes e Igor Rabello no início dessa temporada. Se não fossem essas duas vendas, provavelmente já estaríamos em um caos parecido com o de 2014 (para quem não lembra, em 2014, o Botafogo tinha Jefferson e um elenco de medalhões e jogadores da base, assim como nesse ano. Quando os salários começaram a atrasar, os medalhões entraram na justiça contra o clube no meio da temporada, conseguindo suas rescisões contratuais e os mais jovens não conseguiram salvar o Botafogo do rebaixamento).
 
 O que pode se questionar dessas vendas, são alguns valores. Eu, questiono principalmente os valores das vendas do zagueiro Glaúber, que foi vendido por R$2,5 milhões de reais, e do meia Matheus Fernandes, que foi vendido por R$15 milhões de reais. Outros, como o atacante Leandro Carvalho, o zagueiro Igor Rabello, e agora o lateral Jonathan, tiveram valores de venda bem razoáveis e aceitaveis.

 Por mais que nós, torcedores achemos que a base do clube precise ser valorizada, sendo essa valorização por vendas mais caras ou mantendo o jogador no elenco, temos também que ser realistas quanto à qualidade e ao valor real de alguns jogadores revelados pelo Botafogo. O próprio Jonathan, vinha na reserva do sofrível Gilson e tinha sua qualidade questionada por parte da torcida do Botafogo. Em alguns casos, é melhor vender o jogador e ter algum lucro, do que tentar valorizar mais o jogador e perder a chance de vendê-lo. Dentro do próprio Botafogo, temos Leandrinho, Gegê e Luis Henrique como exemplos recentes de que nem sempre um jovem vai se tornar o que dele se espera e consequentemente, valorizar-se.

 Fato é, que o Botafogo desde o começo dessa temporada está com o "pires na mão". Qualquer que seja a oferta (desde que seja razoavelmente aceitável) por qualquer jogador que seja, o clube tem que aceitar. Isso, será fundamental para terminarmos 2019 na 1º divisão e entregar o futebol do Botafogo aos próximos gestores em uma situação menos complicada. A partir daí, são outros quinhentos...

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Com dificuldades na criação, Barroca fala em "encontrar soluções"

Após sequência de resultados ruins, treinador diz que ele precisa encontrar outras formas de jogar

Por: Bruno Souza

 A realidade demorou, mas chegou para o técnico Eduardo Barroca. A falta de criatividade na criação de jogadas que antes poderia ser considerado como algo momentâneo, agora se mostra uma realidade no Botafogo. Após sofrer mais uma derrota em casa no Brasileirão e chegar a terceira partida sem vitória, o técnico alvinegro admitiu que o time está encontrando muitas dificuldades quando tem a posse de bola:

 - Na verdade, isso tem sido constante na nossa equipe. Nós claramente temos tido dificuldade de fazer essa transição do meio para a frente quando temos o controle do jogo, tanto que no jogo contra o Santos, tivemos 9 escanteios, tivemos muitas finalizações bloqueadas, porque estamos com difuculdade de encontrar clareza para transformar o controle em oportunidade. - Disse, Barroca.
Botafogo finalizou poucas vezes na partida contra o Santos.    Foto: Vitor Silva.

 Após passar o periodo da Copa América treinando e ver seu time voltar a atuar da mesma forma que vinha atuando, o técnico Eduardo Barroca preferiu blindar os jogadores e afirmou que é ele, quem tem a responsabilidade de fazer o time jogar melhor:

 - A responsabilidade minha como treinador, é encontrar solução para isso. Eu não sou homem de transferir responsabilidade para ninguém, preciso encontrar forma de fazer nós criarmos mais chances. Que a gente chute mais, que a gente chegue na área em condições melhores, que a gente aproveite mais nossas bolas paradas. A responsabilidade é minha, os jogadores estão se dedicando, preciso encontrar forma em treinamentos, em escolhas, em substituições, em cobrança, para melhorar isso. - Finalizou, o treinador.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Toca-toca de Barroca: Bom ou Ruim?

 A pouco mais de dois meses no comando técnico do Botafogo, o técnico Eduardo Barroca tem dividido a opinião dos torcedores quando o assunto é a forma que o Botafogo tem atuado desde a sua chegada ao clube. Com Barroca, os jogos do Botafogo tem sido jogos de muita posse de bola, muitos passes e poucas finalizações contra o gol adversário.

 Entre os argumentos dos defensores e dos detratores desse estilo de jogo implantado no Botafogo, três deles se destacam: A alta posse de bola faz o time passar por poucos riscos durante as partidas; O limitado time do Botafogo, está na parte de cima da tabela com esse estilo de jogo; O Botafogo toca, toca, toca a bola e não agride o adversário, se limitando ao empate. 

 Resumindo tudo: na maioria das vezes, a posse de bola não produz nada ofensivamente falando. Temos um jogo sonolento na maior parte do tempo. Eu, pessoalmente, não gosto desse estilo de jogo. Para mim o jogo fica muito insosso, chato. Dito isso, admito que esse estilo de jogo, em determinadas situações não é o pior e nem errado. Jogando contra times melhores e que agridem muito, ter o controle da bola é uma estratégia inteligente e tende a ser eficiente se o objetivo for um empate. Dar a posse da bola para times com mais qualidade técnica, tende a ser um erro fatal, portanto, quanto mais o Botafogo tiver a bola em sua posse, melhor. Contudo, há momentos em que a situação se inverte. Quando é preciso vencer, essa mesma posse de bola tende a afundar o time, pois contra times mais fechados em suas defesas, ter a posse de bola além de não ser o melhor esquema de jogo (contra-ataques são bem mais produtivos e perigosos), deixa o time sob muita pressão para ser mais efetivo. O excesso de toques na bola, engessa o time quando é preciso ser agressivo, pois o adversário fica entrincheirado na defesa e a posse de bola, o toca-toca do Botafogo se tornam ainda mais improdutivos do que já são.

 Num curto prazo, esse estilo de jogo vem dando resultados, mas no longo prazo, uma evolução desse toca-toca, precisa ser vista. Há de se ter uma eficiência maior no ataque. Todos conhecem as limitações do time do Botafogo, e o trabalho feito pelo Eduardo Barroca até o momento é acima do esperado, com sobras. Mas como dito anteriormente, ter a posse da bola do jeito que ela é hoje, é ótimo se o time não tiver nenhuma obrigação com a vitória. No caso do time do Botafogo ter que vencer, é péssimo.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Barroca exalta defesa do Botafogo

Após empate contra o Cruzeiro, treinador destacou números positivos do setor

Por: Bruno Souza

 O bom início de Campeonato Brasileiro do Botafogo, vem chamando a atenção para um setor que muitas vezes é esquecido: a defesa. Se hoje, o glorioso se encontra na parte de cima da tabela, muito se deve ao bom desempenho do setor defensivo, que contra o Cruzeiro saiu de campo sem sofrer gols pela quarta vez em 10 jogos disputados na competição. Em entrevista após a partida contra o time mineiro, o técnico Eduardo Barroca elogiou a defesa do Botafogo: 

Barroca elogiou a atuação da sua defesa.     Foto: Vitor Silva
- De uma forma geral, o Botafogo na minha visão fez uma partida (contra o Cruzeiro) muito linear, sem muitos riscos defensivos. Em 10 jogos, foi a quarta vez que nós não levamos gols. Isso é muito difícil no Campeonato Brasileiro. - Disse o treinador.

 Após passar pelo quarto jogo do Brasileirão sem ser vazada, agora a defesa do Botafogo é a quinta melhor defesa da competição, com 8 gols sofridos em 10 jogos, média de 0.8 gols sofridos por partida. Para efeito de comparação, o Brasileirão tem média de 1.14 gols sofridos por cada time.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Alex Santana: volante-artilheiro do Botafogo

Jogador é o volante com mais gols entre os times da série A

Por: Bruno Souza

 Foi-se o tempo em que os volantes tinham apenas a imcumbência de marcar e destruir as jogadas adversárias. Hoje, eles precisam ser multi-função e até fazer gols. Nesse quesito, Alex Santana está provando ser um dos melhores multi-funções em atividade no futebol brasileiro.

 Além de marcar, desarmar e criar jogadas ofensivas para o time do Botafogo, o volante também vem marcando gols com muita regularidade. Tal regularidade vem levando o jogador a se destacar na temporada, como o volante com mais gols entre todos os jogadores da posição na Série A, em 2019. Alex Santana tem no momento 8 gols marcados em 23 jogos disputados na temporada. Nenhum outro volante marcou tantos gols até o momento.

Alex Santana vive fase artilheira em 2019.     Foto: Vitor Silva.
 Como se não bastasse ser o volante com mais gols no Brasil em 2019, Alex Santana também é o vice-artilheiro  do Botafogo na temporada. Seus 8 gols marcados nesse ano, só perdem para os 9 do atacante Erik, artilheiro máximo do glorioso até esse momento da temporada
. O volante também é o artilheiro do Botafogo no Brasileirão, com 3 gols marcados na competição.